Durante todo o dia 1° de julho os entregadores de aplicativos delivery realizaram uma greve, #BrequeDosAPP, que envolveu as capitais São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife dentre outras cidades de médio e pequeno porte.
Os entregadores mostraram na greve como é cruel e desumano a exploração da mão de obra trabalhadora no Brasil. Esse modelo de política liberal é comparada ao período escravista, permitida e reforçada pela direita extrema que comanda o país, para as grandes empresas do planeta o Brasil ou Brazil é ótimo para lucrar e ir embora, muitos veem o país somente como uma oportunidade de ganho momentâneo, com a falta de planejamento e o desastre na economia com o dólar sem controle acima de R$ 5,00, fica muito fácil e barato investir, escravizar, lucrar e ir embora.
Os aplicativos de delivery têm lucrado alto no Brasil, em 2019 o setor arrecadou mais de 89 milhões e tem previsão de 120 milhões até 2021.
As exigências
Os entregadores fazem exigências muito simples aos aplicativos que, segundo eles, não oferecem qualquer tipo de diálogo;
- Reajuste de preços: os entregadores recebem entre R$ 4,50 e R$ 7,50, valor que varia por aplicativo e distância percorrida, mais R$ 0,50 a R$ 1 por quilômetro rodado;
- Reajuste anual: pedem que haja um reajuste anual programado para o serviço;
- Tabela de preços: citado por alguns entregadores, seria uma tabela não ditada pelo governo ou reguladores, mas construída entre entregadores e aplicativos;
- Fim de bloqueios indevidos: reclamação constante dos entregadores, que questionam as políticas das empresas que acabam punindo entregadores com bloqueios;
- Entrega de EPIs: pedem equipamentos de proteção para trabalhar com mais segurança durante a pandemia;
- Apoio contra acidentes: se o entregador sofrer acidentes enquanto usa a plataforma, a ideia é ter algum tipo de auxílio;
- Programa de pontos: alguns entregadores questionam sistemas que fazem ranking de entregadores.
Representantes da Associação dos Motofretistas Autônomos e Entregadores do Distrito Federal, “Seria um sonho parar tudo, mas conseguimos mandar um recado forte, a receptividade pela causa dos consumidores está tendo uma aceitação fantástica e acreditamos que o Brasil se encaminha para construir algo justo e lucrativo para todos”;
Existe uma enquete entre grupos de whatsapp para a realização de uma nova greve do setor para o dia 8 ou 12 de julho.
Delivery na pandemia
Na atual pandemia do coronavírus (Covid-19), o Brasil está em quarentena desde março e os serviços de delivery passaram a ser opção de mercado para bares e restaurantes que não disponibilizavam dessa opção e especialistas como o Junior Silveira da Lastra Investimentos, acreditam que apesar do impacto negativo na economia do país, pela falta de consumo massivo de rua, o setor de alimentação e entrega devem lucrar uma fatia grande esse ano.