As novas condições econômicas existentes no duelo de força bélica internacional, os países integrantes do BRICS (os cinco grandes) se preparam para se tornar uma força estabilizadora global. Pensando nisso o grupo já atua para melhorar sua capacidade de lidar com riscos.
O cientista do Instituto Chongyang de Estudos Financeiros da Universidade Renmin da China, Liu Ying, acredita que é importante compreender os riscos que o mundo enfrenta. A pandemia do COVID-19 não acabou e a econômica não se recuperou ainda. Agora o conflito entre a Rússia e Ucrânia, o tsunami de sanções anti-Rússia só geram mais incertezas na política de desenvolvimento global.
Para Ying os países que integram o BRICS são fundamentais para recuperar o desempenho da econômica mundial e da governança e diplomacia entre as nações.
“Em meio à atual situação internacional instável, quando o Sistema de Reserva Federal dos EUA está elevando as taxas de juro e endurecendo a política monetária, a segurança energética global, segurança alimentar, segurança das cadeias de suprimentos e a estabilidade financeira devem estar no foco da atenção dos países do BRICS, essas são áreas onde é possível obter resultados”, ressaltou a especialista.
Liu Ying ainda destacou que “se os países do BRICS devem se tornar um forte pilar dessas questões e trazer o equilíbrio do desenvolvimento sustentável, favorecendo inclusive a criação de um novo modelo para as relações internacionais”.
“Na conjuntura atual a Rússia está sob sanções conjuntas dos EUA e Europa, os países do BRICS devem mostrar coragem e sabedoria na resposta a essas restrições. Devem tratar com bastante cuidado as sanções ocidentais e introduzir suas próprias alternativas para reduzir ao mínimo os danos e incertezas”, frisou.
O BRICS deve gerar alternativas financeiras contra o dólar
Liu lembrou que é impossível ignorar o que vem acontecendo principalmente num cenário de sanções que geram perdas desnecessárias não só para a Rússia, mas para o mundo inteiro, negar Moscou por causa das sanções vai fortalecer os laços do BRICS para se protegerem das restrições por meio de medidas alternativas.
“incentivar os países do BRICS a realizar transações comerciais em suas próprias moedas, promover a regionalização e internacionalização de suas moedas, emitir títulos e reduzindo a dependência do dólar americano e seus riscos, concluiu.
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Escrito com informaçãões da Sputnik Brasil