Jô virou alvo por ter sido gentil com Dilma e ter dado espaço para que a presidente falasse à vontade, sem interrompê-la, bastante diferente de outras entrevistas na emissora, especialmente no Jornal Nacional, durante a campanha presidencial.

“Sou petista de raiz”, brincou Jô, ao comentar a entrevista com o jornalista Maurício Stycer, do portal UOL. “Antes, se eu entrevistava alguém do PSDB, era chamado de petista. E se entrevistava alguém do PT era chamado de tucano. É sempre assim”, acrescentou o apresentador.

Para ele, esta foi “a mais importante” entrevista de sua carreira e um “momento histórico” em seus 54 anos de profissão. “Pelo momento em que a gente está vivendo”, explica. “É um momento difícil para a presidente e achei corajoso ela me receber. Me deixou emocionado”, revelou.

Logo na manhã de sábado 13, horas depois da conversa com Dilma, que foi gravada no Palácio do Alvorada, em Brasília, começaram a surgir, nas redes sociais, críticas como a de que ele recebe dinheiro do PT – por meio de captação da Lei Rouanet para espetáculos – é “petralha”, “fim de carreira” e “sem caráter”.

“Já tinha escrito aqui sobre a decadência de Jô Soares, ao transformar-se num defensor mentiroso de Dilma, mas o homem realmente chegou ao fundo do poço”, escreveu Rodrigo Constantino, em seu blog na Veja. O texto foi compartilhado pelo músico Roger, da banda Ultraje a Rigor.

Reinaldo Azevedo pegou mais leve: “Logo no início do programa, Jô classifica de ‘absurda’ a que chamou de ‘onda fora Dilma’ e afirma que ‘na democracia, quando a pessoa é eleita, tem de se respeitar o voto’ (…). Quando se faz um debate pautado pela lei, Jô Soares, não há ‘absurdo’ nenhum!”, defendeu o colunista.

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