O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, realizou nesta sexta-feira, 27/09, o seu discurso na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), enfatizando que não queria ter comparecido ao evento, mas que optou por marcar presença para “esclarecer” o que classificou como “mentiras e calúnias” da ONU.

Vergonha para Israel ao ver Assembleia da ONU se esvaziando com sua presença

Assim que Netanyahu subiu ao púlpito para discursar, em meio ao som de vaias, diversos representantes internacionais deixaram o local em forma de protesto. Entre elas, as delegações do Irã, que apoia o Hezbollah, e do Brasil.

Na quarta-feira, 25, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva mencionou o genocídio promovido por Israel em Gaza e condenou os ataques no Líbano. Seu discurso não foi aplaudido pela delegação israelense.

Em imagens captadas pela emissora catari Al Jazeera, é possível ver que dezenas de pessoas imediatamente se levantam de suas cadeiras e se direcionam à porta do salão principal da ONU.

Colocando seu país na posição de vítima de um suposto complô difamatório internacional, o premiê israelense iniciou seu discurso dizendo que “vim falar pelo povo e pela verdade. […] Israel busca a paz, Israel anseia pela paz. Israel fez a paz e fará a paz novamente”.

O primeiro-ministro ergueu dois mapas ilustrativos. O chamado “mapa da bênção” mostrava uma ponte logística da Índia através do Oriente Médio e Israel. Já o outro chamado “mapa da maldição” mostrava a “ascensão dos aliados do Irã” na região. Segurando os cartazes, disse que o Irã colocaria em risco todos os países contemplados nas imagens “caso não seja controlado”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu segurando o ‘mapa da maldição’ e acusa Irã de ameaçar a integridade dos países na região