O blogueiro Luiz Eduardo Braga do Blog do Braga fez uma analise sobre as eleições dos Estados Unidos a presidência que se mostra acirrada, mas com vantagem do candidato democrata.

São necessários 270 votos no Colégio Eleitoral para chegar à Casa Branca. O candidato que ganha a eleição num estado mesmo que seja por um voto leva todos os votos que aquele estado representa no Colégio Eleitoral.

As pesquisas estaduais apontam hoje 233 votos seguros para o candidato democrata Joe Biden e 131 votos para o presidente republicano Donald Trump. Os outros 174 votos em disputa estão espalhados por 10 estados.

Destes estados decisivos, bastaria Biden ganhar os 38 votos do Texas, mas a média das pesquisas dá uma apertada vantagem de 0.2% para Trump e o último democrata a ganhar por ali foi Jimmy Carter, em 1976.

Biden tem bom desempenho em outros dois estados antes seguros para o Republicanos. No Arizona (11 votos), os Democratas perderam 16 das últimas 17 eleições presidenciais, mas o ex-vice-presidente lidera com 4,8% de vantagem. Na Geórgia (16 votos), onde é necessário voltar a 1992 para encontrar uma vitória democrata, sua vantagem é de 3%.

Na região dos grandes lagos Biden lidera em Michigan (16) por 6,8%, em Wisconsin (10) por 7,2% e em Ohio (18) por 1,5%. Este último tem um detalhe interessante. O candidato que ganhou em Ohio terminou sendo o eleito em todas as eleições desde 1960, quando John Kennedy venceu sem o apoio do estado.

Ainda nos grandes lagos Biden lidera na Pensilvânia (20) por 7,2%, mas é um estado propenso a surpresas como na última eleição. É um caso parecido com a Flórida (29), onde ele lidera por 8,4%, mas convém não contar com estes votos num mapa de segurança.

Há ainda a Carolina do Norte (15), único estado onde nenhum órgão de análise se atreveu a apontar favoritismo, apesar da liderança por 0,4% nas pesquisas para Biden.

100 dias: O caminho para a Casa Branca
A disputa nas eleções a presidente dos Estados Unidos mostra vantagem dos democratas sobre os republicanos

 

Vendo os números assim parece que a eleição está perdida de véspera para Donald Trump, mas também parecida em 2016. Ocorre que o voto não é obrigatório nos EUA, a eleição acontece num dia de semana, sem feriado, e a base republicana está mais muito mais disposta a comparecer às urnas do que os democratas e os independentes.

Lá é possível votar antes do dia da eleição e por correio, mas é provável que haja contestação se alguns estados tiverem o resultado definido por este tipo de voto.

Joe Biden não é uma figura que empolga e nas últimas semanas passou a contar com a presença do ex-presidente Barack Obama na campanha para animar os eleitores. Obama, inclusive, o aconselhou a escolher uma mulher de cor como sua parceira de chapa.

Sem ilusões com o partido democrata, mas uma derrota de Donald Trump mudaria o cenário político internacional e frearia a onda neoconservadora que influenciou desde a ascensão de Boris Johnson ao cargo de premier britânico à eleição de Jair Bolsonaro por aqui.

Faltam 100 dias!

 

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