Bolsonaro segue fazendo aglomeração e fotos em suas férias e tem se mostrado sem nenhuma preocupação com o que ocorre nos alagamentos da Bahia

Infelizmente a falta de empatia supera a falta de comando do presidente Jair Bolsonaro (PL). De férias nesse final de semana Bolsonaro não atua como estadista para ajudar a amenizar os efeitos do caos que vive a região sul da Bahia por conta do excesso das chuvas fortes que acontecem desde novembro na região.

Até o momento são 116 áreas atingidas, 100 municípios em estado de emergência, 20 mortes e mais de 400 mil pessoas estão desabrigadas, sem comida e água potável para beber.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), tem noticiado várias iniciativas com a infraestrutura do próprio estado e tem reclamado publicamente da falta de apoio federal que só começou a cegar no dia 28. Segundo Rui o presidente Bolsonaro esteve bem no início das chuvas visitando o estado e trouxe muitos problemas e conflitos que rendeu agressões e promessas de ajuda não realizadas.

"Este é o maior desastre já ocorrido na história da Bahia", afirma  Rui Costa.

Ministros fazendo palanque na Bahia

Desembarcaram no sul da Bahia os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; da Cidadania, João Roma; da Saúde, Marcelo Queiroga; da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, prometeram ajuda, mas com um palanque montado não pouparam críticas ao estado da Bahia.

Na terça-feira, 28/12, o governo federal noticiou que repassaria o valor de R$ 200 milhões para as ações de enfrentamento às consequências causadas pela chuva na Bahia. Mas a união chamou a atenção que o dinheiro pertence a outras regiões e não pode ser usado único e exclusivo na Bahia, ou seja, Bolsonaro e seus ministros mentiram ao dizer que ajudariam. O senador Jaques Wagner (PT-BA), presidente da Comissão do Meio Ambiente no Senado e que está à frente da força-tarefa junto com o governador do estado, Rui Castro, alertou que o valor é insuficiente para todos os estragos.

Wagner não descarta a possibilidade de convocação de emergência para uma votação de projeto de lei ou medida provisória para destinar auxílio às vítimas das chuvas na Bahia. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, já sinalizou que sim.

Bolsonaro segue de férias mesmo com tragédia da Bahia, saiba como doar!
Cidades inteiras estão debaixo d'água e mais de 400 mil pessoas estão desabrigadas

 

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Muitas pessoas têm socorrido animais domesticos deixados para trás, por conta da pressa para salvaren a própria vida por conta dos alagamentos repentinos.

O que já chegou de ajuda

Os demais estados do nordeste tem enviado bombeiros socorristas, viaturas, água e alimentos. Artistas tem feito vaquinha e utilizado a sua imagem para coletar doações financeiras. O ministério da saúde somente ontem, 28, destinou médicos socorristas e o exército começa a enviar tropas.

Faça sua doação!

A conta bancária do Banco do Brasil tem como número de agência 3832-6 (setor público) e conta 993.602-5, identificada como BA Estado Solidário.

Para depósitos via PIX, os doadores devem usar o CNPJ da Sudec – Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado: 13.420.302/0001-60

Fonte dos Dados: Site do Governo do Estado da Bahia

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Dados oficiais do estado da Bahia registraram 20 pessoas mortas por causa das chuvas

As férias de Bolsonaro

Desde o dia, 27, Bolsonaro esta de férias em São Francisco do Sul, no litoral catarinense, para passar o período do réveillon. A ida dele à região se dá em meio à tragédia registrada na Bahia ao qual o mesmo demonstra em várias entrevistas não se preocupar muito com a tragédia na Bahia.

“Espero que eu não tenha que retornar antes”, afirmou em vídeo divulgado pelo portal santa-catarinense ND Mais, enquanto conversava com algumas pessoas na praia. Na terça-feira, 28, Bolsonaro foi passear de moto aquática.

A ausência do presidente nesse caso tem movimentado os bastidores da politica em Brasília e aliados tem reclamado que isso vai afetar publicamente as eleições do ano que vem. Deputados Federais da Bahia tem se reuniram com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para antecipar a liberação de ajuda.

“É uma completa inversão de prioridades. Enquanto mais de 400 mil pessoas são atingidas por essa tragédia, ele está pescando. Chega a ser cruel. É a marca da crueldade, da completa falta de sensibilidade com o problema do outro. Não é porque o governador da Bahia é de outro partido que ele deveria agir assim”, desabafa a deputada, Alice Portugal (PCdoB-BA), ao mencionar a conhecida animosidade política entre Bolsonaro e o governador Rui Costa (PT).

O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), em entrevista a UOL, fez de pouca gravidade a situação da Bahia e disse que “o governo federal já está presente” na região por ter enviado três ministros e uma tropa das Forças Armadas.

“Essa é a característica do governo Bolsonaro: não está preocupado com as pessoas, com o cidadão, a cidadã. E nós que estamos na política temos que ter essa responsabilidade. Um momento como este não é de festa, não é momento de comemorar nada. É o momento de ser solidário. Isso Bolsonaro não é, então, não é surpresa pra mim ele viajar pra Santa Catarina”, reage o deputado Valmir Assunção (PT-BA).

Reprodução do Blog do Rikáryo