Assim o portal UOL justifica a publicação de duas fotos – uma delas na capa do site – que mostram o corpo de um menino sírio morto na enseada de uma cidade turca. O garoto era um dos imigrantes que tentam, a qualquer custo, chegar à Europa, na tentativa de fugir do território controlado pelo Estado Islâmico.
A situação da criança – de bruços, com o rosto para baixo, próximo à linha da água – exibida na matéria publicada pelo portal de notícias do Grupo Folha causou comoção entre os internautas que lançaram comentários lamentando o ocorrido. No posicionamento da empresa de comunicação, explicando o motivo de a foto ter entrado no ar, diversos leitores demonstraram apoio a ação do veículo.
“A notícia é relevante e merece destaque. Mas a imagem forte deveria estampar a primeira página do Uol, acessada por milhões de pessoas todos os dias? Nossos usuários deveriam, sem qualquer aviso prévio, ser impactados pela foto? Nós entendemos que sim”, afirmam os responsáveis pelo portal.
Segundo a publicação, não foi fácil decidir se a imagem deveria ou não estampar a notícia. Porém, o comando do portal afirma que imagens influenciam o curso da história, como a fotografia de uma menina vietnamita correndo nua após o lançamento de bombas incendiárias, registrada em 1972, que fortaleceu o movimento antiguerra, que terminou três anos depois.
O veículo online continua estampado com a chamada para a matéria sobre a morte da criança até o fim desta tarde, assim como a imagem que, segundo o site, “viralizou com a hashtag #HumanidadeLavadaàCosta (#KiyiyaVuranInsanlik)”.
Reprodução: Comunique-se