O Dia Internacional da Mulher é uma data ideológica de luta pelas conquistas dos direitos e condições iguais da mulher na sociedade masculinizada. A data foi oficialmente reconhecida em 1970 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Ao contrário de outras datas especiais o Dia Internacional da Mulher não foi criado pelo comércio e ele não é um dia feliz e sim de luta!

Quando a luta feminismo começou

A luta feminista vem desde o começo da humanidade, mas o início da era moderna veio a conscientização por direitos e as mulheres passaram a lutar e fazer exigências de salários iguais para trabalho iguais, mas hoje simboliza mulheres que lutam não apenas contra as desigualdades salariais, mas contra o abusivo machismo e toda sua violência.

Um dos acontecimento que fortaleceram a origem da data vem de um incêndio na cidade de Nova York (EUA) em 25 de março de 1911. O incêndio na Triangle Shirtwaist Company matou 146 pessoas, sendo 125 mulheres e 21 homens. Relatos de jornais da época afirmam que as mulheres já se organizavam quando foram trancadas na fábrica que pegou fogo, ninguém foi culpado desse genocídio. Mas essa tragedia foi só uma dos acontecimentos que fortaleceram a ideia da existência da data que é significativa para o cotidiano feminino de todo o mundo até hoje.

8 de março, o Dia Internacional da Mulher não é Feliz é de luta
Clara Josephine Zetkin, foi professora, jornalista, comunista e política marxista alemã. É uma das principais figuras histórica do feminismo

 

Em 1910, ano anterior ao incêndio da Triangle Shirtwaist Company, aconteceu o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, que contou com presenças ilustre da época como: Clara Zetkin, membra do Partido Comunista Alemão, que propôs um Dia Internacional da Mulher, mas nenhuma data específica foi pensada. A comunista Zetkin estava envolvida em movimentos de defesa dos direitos das mulheres no local de trabalho e sua proposta visava tornar o movimento trabalhista mais voltado para as carreiras das mulheres trabalhadoras.

Após esse congresso protestos e greves se espalharam por toda a Europa e Estados Unidos, e foram vistos como ameaça ao lucro do capital abusivo, patrões demitiam mulheres e contratavam crianças, mas o poder de produção de uma mulher adulta e uma criança são diferentes e muitos deram o braço a torcer e cederam a pressão feminista que conquistou direitos básicos que até hoje fazem a diferença na vida das famílias como a licença maternidade e melhoria do valor do salário que ainda em pleno século XXI é desigual.

A greve geral das mulheres russas no 8 de março que derrubou a monarquia Czarista

Em 1917 os movimentos feministas estavam fortes e adaptadas a agendas revolucionárias em que as mulheres decidiram ocuparam a luta nas ruas e em associações. Depois do grande incêndio de Nova York a grande greve, conhecida como Revolução Bolchevique Russa, do dia 8 de março de 1917 na Rússia protagonizou um ciclo revolucionário tão forte que derrubou a monarquia Czarista.

8 de março, o Dia Internacional da Mulher não é Feliz é de luta
A Revolução Bolchevique - Russa se fortaleceu com a grande greve dos operários e operárias do dia 8 de março de 1917

 

As mulheres seguiram na luta e foram fundamentais durante a II Guerra Mundial (1939 à 1945) não como enfermeiras (papel delas na I Guerra mundial - 1914 à 1918), mas na linha de montagem de veículos, armas e até pilotagem de bombardeios. Depois desse espaço conquistado perante uma época em que a tecnologia mudou o mundo, e elas seguiram se organizaram em mais frentes a cada década passada e hoje conquistaram muito, mas ainda são alvos de violência e discursos de não merecimento de igualdade.

Por isso não é Feliz Dia das Mulheres e sim, Um dia para reforçar a luta das Mulheres!