A figura de Jesus Cristo é uma das mais intrigantes, questionadas e controvertidas de todos os tempos. Mesmo outros nomes da história universal como Sócrates, Platão, Maomé ou Buda dificilmente conseguiram produzir o mesmo nível de comentários que gira em torno de Jesus Cristo.
No mundo ocidental, certamente trata-se da personalidade mais comentada e que é objeto de milhares de trabalhos, pesquisas, teses, estudos, sermões e dissertações produzidos.
Sem dúvida alguma, a maior parte dos registros sobre Jesus Cristo está na Bíblia Sagrada, mas há menções feitas por historiadores e estudiosos judeus e não-judeus. A Bíblia, como se sabe, foi escrita em um período de aproximadamente 1.600 anos por cerca de 40 autores em períodos completamente diferentes. Um dos textos mais conhecidos e citados sobre a existência de Jesus, fora da Bíblia, no entanto, está no livro “História dos Hebreus, Antiguidades Judaicas”, escrito pelo historiador Flávio Josefo que viveu no primeiro século da era cristã. Ele afirmou, conforme tradução mais aceita e extraída do árabe, o seguinte: “por esse tempo surgiu Jesus, homem sábio (se é que na realidade se pode chamar homem). Pois ele era obrador de feitos extraordinários e mestre dos homens que aceitam alegremente a verdade, que arrastou após si muitos judeus e muitos gregos.
Veja o vídeo do Pastor Henrrique Vieira que fala do Jesus subversiso e transformador
Jesus subversivo
Essa visão de Josefo sobre Jesus, como um revolucionário socialista e subversivo de sua época, é compartilhada por outros historiadores e pessoas que contaram a história daquela época. Os próprios cristãos eram considerados, especialmente pelos dominadores romanos, como meros seguidores de mais uma seita inventada nas províncias, ou seja, para os defensores dessa ideia, Jesus Cristo existiu, e era sim um revolucionário e agitador social que acabou sendo crucificado por insubordinação ao poder romano e por incomodar a liderança judaica.
Será que podemos crer nisso, considerando a principal fonte de informações sobre Cristo, a Bíblia Sagrada? Será que Jesus foi mesmo o “Che Guevara” de seu tempo, como muitos defendem? Os evangelistas deixam a entender que sim.
Em primeiro lugar, conforme Mateus escreveu, no capítulo 22 e versículos 15 até 22, Jesus foi um cumpridor da legislação vigente que tratava dos pagamentos de tributos.
Desobediência Civil
O princípio da desobediência civil, segundo um de seus idealizadores o teórico Henry Thoreau, está no fim da ilusão máxima de acreditar em governos parasitas do bem, que oprimem, mentem e assistem seus governados morrerem sem se preocupar, desde que as finanças se mantenham ativas e poupadas, ou seja “um governo que absolutamente não governa”. As pessoas confundem o “Jesus” que eles querem, perfeito e intocável, mas certamente esquecem que na época pagar tributos com uma lança apontada ao pescoço significava sabedoria e se manter vivo para fazer a transformação da cultura do povo escravizado e explorado pelos romanos que era e foi à força do capital por décadas.
Conforme relato de Lucas, capítulo 17 e versículo 20, Ele mesmo afirmou: “o reino de Deus não vem com aparência visível”. E perante Pilatos, de acordo com o registro de João no capítulo 18 e versículo 36, reafirma: “o meu reino não é deste mundo. Se fosse, os meus súditos combateriam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas agora o meu reino não é daqui”.
Por fim, Jesus não motivou seus discípulos a lutarem de “maneira carnal” contra os inimigos, pois pregou a paz (João 14:27), o amor (Mateus 5:44), o perdão (Marcos 2:7, Lucas 23:34) e a humildade (Mateus 18:4, Lucas 18:14). Em vez de estimular a batalha campal com armas, incentivou a oração, o jejum e o estudo da Palavra de Deus.
Respondendo à indagação inicial do título, Jesus foi sim um revolucionário do seu tempo, digo isso sem comprar com outros bons homens da história que sempre bateram de frente contra os mimos da classe dominante. Jesus nasceu, morreu e ressuscitou por nós, para olharmos a vida de uma maneira livre, alegre e sem tentar dominar a vida dos outros, sem pagar tributos a falsos profetas ou exploradores da fé, praticas essas aplicadas pelas pessoas que não conseguem fazer uma leitura critica do que diz a bíblia e acabam aceitando qualquer coisa dos charlatões que usam o nome de Deus e Jesus para enganar e lucrar.
A revolução de Jesus Cristo foi transformadora e como diz o proverbio “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. João 8:32.
Uma fraterna Semana Santa e Pascoa! Não esqueça de fazer o bem essa semana e nos demais dias do ano, Jesus quer que você faça isso!
Texto escrito com informações:
LEMOS, Felipe. Artigo - verdade online.
SILVA, Rodrigo. A arqueologia e Jesus, p. 98.
THOREAU, Henry. Desobediência Civil, p. 05.
Versão adotada da Bíblia Sagrada - Edição Contemporânea por João Ferreira de Almeida.