“Temos que ir construindo passo a passo”, disse Levy a jornalistas brasileiros, depois de ter encerrado seus compromissos.
“Precisamos ter paciência e humildade. Não adianta a gente fazer previsões ultraotimistas”, afirmou o ministro. Para ele, mesmo que algum trimestre tenha contração da economia brasileira neste ano, o importante é olhar o longo prazo e observar a capacidade de resposta do mercado às medidas anunciadas nas últimas semanas.
Sem mencionar o nome da presidente Dilma Rousseff nem de seu antecessor no ministério, Levy comparou o desempenho econômico do país no passado recente a um carro que tentava acelerar em quarta marcha. Agora, segundo ele, é hora de reduzir a velocidade para reacelerar. “Engrenamos uma segunda [marcha] e aí aceleramos. Aquela [história] de ir pisando no acelerador em quarta, com incentivos e tudo isso, vimos que não havia tração. A economia tem tudo para reagir quando as coisas estiverem em seus lugares”.
Quando a casa estiver em ordem, segundo o ministro, vai ser possível pensar em medidas destinadas às pequenas e médias empresas e à simplificação de impostos. “Estamos ainda arrumando a casa, arrumando o convés, mas vamos fazer muita coisa nos próximos meses”.