A gente sempre dizia que esses organismos internacionais, a começar pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas passando pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e outros, especialmente a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), eram organizações completamente dominadas pelos Estados Unidos.

Agora que a Rússia é classificada como uma nação pária e vem sofrendo pesadas sanções ratificadas por esses organismos, tem se escutado que a agressão russa à Ucrânia serviu para unir as nações e justificar a existência desses acrônimos internacionais.

Pura balela, né? O que está escancarado nessa suposta "união" que os meios veiculam é justo aquilo que já sabíamos, que esses organismos são todos, de fato, controlados pelos Estados Unidos. Não passam de braços que sancionam o imperialismo yankee.

Minha decepção é a União Europeia (UE), que deveria possuir uma certa autonomia, mas igualmente tem se provado como uma organização submissa aos interesses do imperialismo, os quais coincidem com alguns de seus próprios; mas, em contrapartida, tem se provado capaz de contrariar alguns deles em prol da agenda estadunidense. O cancelamento do gasoduto russo-germânico Nord Stream 2 ilustra bem isso.

Esse unilateralismo desses organismos fechou os olhos para o avanço da OTAN que colocou suas forças armadas cada vez mais próximas dos russos, até enfim chegar ao ponto que os Estados Unidos queriam: uma guerra contra a Rússia na Europa.

De todos esses organismos, apenas o Conselho de Segurança da ONU possui alguma autonomia, mas limitada as cinco nações que possuem direito a veto (EUA, UK, França, Rússia e China), o que as permite guerrear com quem quiserem. Na prática quatro, assumindo que a Inglaterra segue fielmente a liderança dos EUA.

Nesse cenário unipolar, falar em “união” não passa de mais uma grande falácia, pois reflete apenas isso: como esses organismos são liderados pelos interesses unilaterais dos Estados Unidos.

Isso não é união, é submissão.

 

Escrito por Pedroom Lanne 

 

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